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Procura por carreiras tecnológicas dispara entre mulheres no Estado

ADMto março 10, 2020 Nenhum comentário

Procura por carreiras tecnológicas dispara entre mulheres no Estado

Mulheres rebocando embarcações, operando pesadas máquinas agrícolas ou planejando obras hidráulicas de porte industrial. O futuro é feminino e elas estão cada vez mais ocupando espaços que eram predominantemente masculinos. Para conquistar posições de destaque, a qualificação sempre vem em primeiro lugar.

Nos cursos superiores tecnológicos das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) é possível observar o crescente aumento da demanda feminina por formação especializada. Nos portos do País, por exemplo, a presença de profissionais mulheres já é uma realidade. Muitas delas, se formaram na graduação tecnológica de Gestão Portuária da Fatec Baixada Santista, de Santos. Outras iniciam os estudos. Neste  primeiro semestre, o número de candidatas aprovadas no Vestibular já representa 45% do total das vagas oferecidas.

O coordenador do curso, Júlio Raymundo, atribui o aumento do interesse das alunas por essa área ao crescimento do setor de Portos no Brasil: “A Fatec é a única instituição pública que oferece formação para esse tipo de trabalho”, afirma. “Além disso, a especialidade abre oportunidades também para atuar em logística e comércio exterior.”    

Segundo dados da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), esta guinada das
mulheres para carreiras tecnológicas vem crescendo gradativamente. Responsável pelos Vestibulares das Fatecs, a FAT registra ano a ano um expressivo aumento de interessadas em cursos que eram mais procurados por homens.

No curso de Hidráulica e Saneamento Ambiental, da Fatec São Paulo, por exemplo, elas respondem por 40% da sala de aula. Para o coordenador do curso, Josué Gois, as mulheres estão buscando ocupar espaços que antes eram dominados pelos homens. “Sou professor há 15 anos e observo que as alunas têm maior capacidade de foco e de resultados”, afirma. “Além disso, a maior competitividade e exigências de qualificação profissional cobram esta mudança real de paradigmas.”

Mulheres no campo e na moda

Outra cena cada vez mais recorrente é a de mulheres trabalhando no campo, operando máquinas agrícolas, plantando ou fazendo manejo de animais. No curso superior tecnológico de Agronegócio, no município paulista de Mococa, as mulheres ocupam 60% das vagas da turma que começou a graduação este ano. No agro, inclusive, a relevância delas se repete nas Fatecs localizadas nas cidades como: Ourinhos com 53,75% de participação; Jales com 50% e São José do Rio Preto e Taquaritinga com 42%.

A professora do curso de Agronegócio, Luciana Ruggiero, destaca a mudança de perfil do profissional desta área. “É uma formação que permite atuar em vários mercados. Temos alunas que gostam do campo, do trabalho braçal e de estar na linha de frente liderando equipes de trabalhadores rurais”, explica Luciana. Outro segmento que tem atraído as profissionais é o de consultoria. Segundo a professora, o perfil empreendedor e de gestão das mulheres favorece as tecnólogas que planejam ter seu próprio negócio.              

No nível médio, o interesse no Agronegócio também é crescente entre as jovens. No curso da Escola Técnica Estadual (Etec) de Apiaí, as meninas respondem por 76,39% das vagas da turma que entrou no primeiro semestre de 2020. Outra especialidade relacionada ao processamento de produtos agrícolas e origem animal também tem atraído mais mulheres. O curso de Agroindústria, da Fatec Capão Bonito, é formado 67,5% por alunas.

A presença feminina é destaque também nos cursos do setor de serviços, como Moda, Eventos, Recursos Humanos, Turismo e Alimentos. Com 85% de candidatas aprovadas, Recursos Humanos na Fatec de Franca é um exemplo dessa tendência. Na Fatec Americana, 80% da turma de Têxtil e Moda também é de mulheres.

Abaixo mais alguns exemplos de cursos das Fatecs e Etecs que também registraram presença feminina relevante em 2020:

Gestão Financeira – 72,5% (Fatec Guaratinguetá)

Biocombustíveis – 52,5% (Fatec Jaboticabal)

Logística – 45% (Fatec Sorocaba)

Edificações – 70,75% (Etec Joaquim Ferreira do Amaral, de Jaú)

Finanças – 60% (Etec Polivalente de Americana)

Logística – 60% (Etec Polivalente de Americana)

 

fonte https://www.cps.sp.gov.br/procura-por-carreiras-tecnologicas-dispara-entre-mulheres-no-estado/

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