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Número de matrículas em cursos superiores dobra em 10 anos

ADMto novembro 9, 2011 Nenhum comentário

Número de matrículas em cursos superiores dobra em 10 anos

Censo divulgado pelo Ministério da Educação mostra que participação das regiões Norte e Nordeste aumentou no ensino superior

O número de universitários brasileiros dobrou na última década. Em 2001, 3 milhões de estudantes estavam matriculados nos cursos de graduação presenciais e a distância no País. Agora, são cerca de 6,37 milhões, de acordo com os dados divulgados na tarde desta segunda-feira pelo Ministério da Educação. As matrículas nas redes públicas cresceram, mas não foram suficientes para alterar a predominância da rede privada na formação desses jovens.

Entre 2001 e 2010, o número de estudantes matriculados nas instituições de ensino superior públicas pulou de 944.584 para 1.643.298. O crescimento de 73,9% está dividido entre as federais (cujas matrículas aumentaram 85,9% no período) e as estaduais (66,7%). A expansão “inédita”, segundo o MEC, é reflexo das políticas de interiorização das instituições e aumento das vagas. E faz o ministro Fernando Haddad afirmar que as metas de crescimento do setor no País para a próxima década serão alcançadas.

Dados do censo em 2009

Plano Nacional de Educação (PNE) prevê que, até 2020, 33% da população de 18 a 24 anos esteja matriculada em cursos superiores. O secretário da Educação Superior, Luiz Cláudio Costa, afirmou na tarde desta segunda-feira que os dados do Censo da Educação Superior 2010 mostram que o Brasil ainda está longe da meta. A taxa de matriculados com esse perfil é de 17,4%. Apesar disso, Haddad se mostrou otimista e disse que, se o ritmo for mantido, a meta será alcançada. Em 2008, a taxa era de 13,7%.

O fato é que a rede privada continua sendo a grande responsável pela educação superior no País. Desde 2001, as instituições particulares se encarregam da formação da sete em cada dez universitários brasileiros. E mesmo com o aumento da participação pública, esse índice não mudou diante do total.

Públicas X privadas

O número de estudantes nas instituições de ensino superior públicas cresceu nos últimos anos, mas as privadas ainda lideram matrículas

Regionalização

Para Haddad, outra característica importante revelada pelo Censo da Educação Superior de 2010 foi a distribuição “mais proporcional” das matrículas entre as regiões do País. O número de alunos nas universidades e faculdades dos Estados do Norte e Nordeste, historicamente bem inferiores aos das regiões Sudeste e Sul, aumentou mais do que o restante.

Em 2001, a região Norte tinha 141 mil estudantes e a Nordeste, 460 mil. Em 2010, a quantidade subiu para 352 mil e 1 milhão, respectivamente. No total de 6,37 milhões de universitários, os estudantes matriculados na região Nordeste já são mais numerosos do que os da região Sul: 19,3% do total contra 16,4%. Em 2001, o Nordeste tinha 15,2% dos universitários e o Sul, 19,8%. A região Norte aumentou sua participação de 4,7% para 6,5%.

“É natural que a maior parte dos estudantes esteja concentrada na região Sudeste, já que a maior parte da população está nesses Estados. Mas os números de matrículas estão se aproximando da proporção da população nos Estados e isso é o ideal”, afirmou Haddad.

Matrículas dos universitários por regiões

A proporção dos estudantes pelas regiões mudou: o Nordeste já ultrapassou o Sul em matriculados nos cursos superiores presenciais

Professores

O Censo da Educação Superior 2010 identificou 345.335 vínculos de funções docentes nas instituições (entre atividades na graduação e na pós). Como em 2009, a quantidade de doutores e mestres aumentou em relação aos que só possuíam especializações. Participaram do Censo 2.377 instituições, que oferecem 29.507 cursos de graduação presenciais e a distância.

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