Os cursos de ensino à distância, conhecidos como EAD, se tornaram comuns em grande parte das cidades brasileiras, no estudo de idiomas, formação continuada e até cursos de graduação e pós-graduação. Para os especialistas, a modalidade é um caminho sem volta e a graduação experimenta agora crescimento acelerado.

“Há uma demanda muito grande de pessoas não atendidas que querem cursar o ensino superior ou pretendem se atualizar profissionalmente. Sem conseguir frequentar uma instituição de ensino convencional, a opção é o EAD”, justifica José Manoel Moran, diretor de Educação à Distância do Grupo Anhanguera. O grupo é um dos maiores fornecedores do ensino EAD no País e acaba de ampliar a sua atuação na área, com a disponibilização das aulas de graduação na internet.

Para Orlando Dal Degran, professor de Tecnologia da Informação da Fundação Santo André, os fatores que mais influenciam no crescimento da procura pelo ensino à distância são tempo e deslocamento. Por isso, para ter sucesso, é preciso disciplina, controle do tempo, força de vontade e domínio no uso de computador. “Como o método exige gerenciamento do tempo, é comum o estudante não se adaptar ao EAD”, conta Moran.

Competência digital
O professor Degran afirma que a modalidade exige do aluno iniciativa, gerenciamento do tempo e facilidade de estudar sozinho. “Nem sempre as pessoas conseguem isso”, adverte. Para Moran, outro empecilho comum é a dificuldade em utilizar a internet como ferramenta de aprendizado, pesquisa e estudo. “É preciso ter competência digital para aprender, não basta apenas saber mexer na internet”, ressalta o executivo da Anhanguera.

Dicas ajudam na escolha
Por outro lado, alguns fatores contribuem para o aprendizado do aluno do EAD, um deles a escola dispor de um bom designer para tornar a aula atrativa. Também imprescindível é o curso ter professor com domínio da nova metodologia, desenvolva as aulas e passe as diretrizes para o designer, além do tutor que ofereça bom suporte ao aluno. O tutor acompanha os alunos nas dúvidas, pela internet e nos encontros presenciais obrigatórios do curso.

Para Moran, o projeto pedagógico do curso à distância também precisa ser o mais próximo possível do presencial. “Aliás, uma das estratégias é a integração entre as duas versões, para que o aluno possa migrar ou cursar os dois formatos ao mesmo tempo no modo semipresencial”, diz. A escola também deve orientar os alunos sobre a importância e as melhores maneiras de utilizar debates e chats para tirar as dúvidas.

Além destas dicas, outra recomendação para o candidato ao EAD é se inteirar da legislação que regulamenta a modalidade de ensino. Um caminho é consultar o site da Secretaria de Educação a Distância (MEC) ou da Secretaria de Educação do Estado.